Esquiadora é presa em meio a tensão política em Belarus

(Foto: Reprodução)


A esquiadora Aliaksandra Ramanouskaya está presa em Minsk, capital de Belarus, de acordo com uma fundação que apoia atletas detidos por opiniões políticas. A mídia local afirma que ela foi detida por crime administrativo, mas a entidade alega que não houve registro oficial do motivo pelo qual Aliaksandra tenha sido presa.

Aliaksandra, de 25 anos, foi presa após um treinamento na quarta-feira e levada para uma delegacia em Minsk. Ela competiu nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul e é campeã mundial de jogos aéreos de 2019.

Ramanouskaya está entre atletas que assinaram uma carta aberta de protesto contra a eleição de Alexander Lukashenko, atual presidente do país. Mais de 2.000 personalidades do esporte, treinadores e atletas de Belarus estão entre os signatários. Ele nega as alegações de que a votação foi fraudada.

A carta, que exigia uma repetição da votação, também pedia a libertação de todos os detidos durante os protestos de rua que eclodiram no país após as eleições. Vários atletas participaram dos protestos ou expressaram apoio à oposição. Entre eles, o decatleta olímpico Andrei Krauchanka e a jogadora de basquete Yelena Leuchanka. Os dois foram detidos e cumpriram penas na prisão. Outros perderam o emprego ou foram expulsos das seleções nacionais.

Durante os Jogos de Tóquio, Krystsina Tsimanouskaya foi obrigada a fazer as malas e levada direto ao aeroporto, onde tomaria o voo de volta para casa por ter feito críticas públicas aos treinadores de atletismo de Belarus. No entanto, não chegou a embarcar, e pediu proteção à polícia e ao Comitê Olímpico Internacional (COI). O caso ganhou repercussão mundial, um inquérito foi instaurado, dirigentes expulsos, e a corredora ganhou asilo humanitário na Polônia.

O Comitê Olímpico de Belarus é chefiado por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país, Alexander Lukashenko. Ambos foram proibidos de participar das Olimpíadas de Tóquio em meio a acusações de discriminação, censura e abuso de poder contra atletas que participaram de protestos contra a polêmica reeleição do presidente em agosto de 2020.

Globo Esporte

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